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"Bossa Nova" revive charme do Rio de Janeiro dos anos 50
Bossa Nova é mais uma comédia romântica ambientada no Rio de Janeiro. Aos moldes de Pequeno Dicionário Amoroso, de Sandra Werneck, a trama retrata encontros e desencontros, com toques de humor sobre relacionamentos entre homem e mulher.
A grande jogada é a fotografia luminosa ao som de Bossa Nova, com os maiores sucessos do mestre Tom Jobin.
Ipanema é o cenário, junto aos edifícios antigos e belos dos anos 50, que resistem ao tempo e ao crescimento desenfreado da grande metrópole.
Em companhia da música, o charme e a leveza de antigamente são resgatados.
Talvez o grande personagem que insista neste ar de passado seja Mary Ann (Amy Irving). Em seus vestidos longos godê, com os cabelos de anjo, ela desfila com a leveza e charme de uma verdadeira dama. Antônio Fagundes é Pedro Paulo, um advogado filho de um sofisticado alfaiate de Copacabana, chamado Juan (atuação primorosa de Alberto de Mendoza). Não é de espantar que logo que ele vê Mary Ann apaixona-se.
Ela é uma americana, ex-aeromoça, que dá aulas de inglês e que provoca
em seus alunos incríveis fantasias. Pedro Paulo está terminando um casamento
de sete anos com Tânia (Débora Bloch), uma mulher moderna e ambiciosa.
Mary Ann não se dedica a um relacionamento afetivo desde a morte do marido,
há dois anos.
A vontade de Bruno Barreto em filmar esta história é antiga. A idéia inicial foi de Arnaldo Jabor, que ao ler a novela de Sergio Sant'Anna imaginou um roteiro para ser atuado por Amy Irving.
Barreto ficou fascinado por "Miss Simpson". Em 1997, quando regressava do Brasil para a estréia do filme O que é isso Companheiro?, perguntou a Jabor sobre o filme e este lhe disse que não sabia se voltaria a filmar, entregando-lhe a história.
O filme é repleto de acontecimentos do destino que aproximam corações solitários. Bossa Nova é uma história de amor no meio de várias outras histórias contadas num ritmo especial, tipicamente carioca.
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