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"Duets"
traz road movie sem consistência
Duets é um road-movie
sobre a vida de seis personagens que, rebelados contra o destino, correm
atrás da realização de seus sonhos. É através do universo do Karaokê que
os personagens encontram uma forma de realização. Lá eles podem levantar
a estima cantando diante de todos e sentindo-se livres.
É um mundo onde qualquer um pode converter-se em estrela durante alguns
minutos.
O
grupo é formado por uma camareira da Virginia, disposta a tudo para chegar
à Califórnia, um executivo frustrado completamente perdido depois de correr
atrás do sonho americano, um ex-detento que se nega a seguir as normas
da sociedade e canta como um anjo, um velho frequentador de karaokês que
é infeliz com tudo e todos, uma inocente dançarina de Las Vegas que busca
o amor e pretende constituir uma família e um jovem taxista sem sorte
que teve um encontro inesperado e assustador com sua professora do primário.
Todos
se encontram no Concurso de Karaoke de Omaha, Nebraska, que dará um prêmio
de 5.000 dólares ao melhor intérprete. O cruzamento de seus caminhos leva
para as telas o caricato e decadente mundo dos bares de karaokê
e das cadeias de hotéis que marcam as cidades de beira de estrada do coração
dos EUA.
Desde sua aparição nos EUA, em 1988, o fenômeno do karaokê invadiu todos
os cantos, estendendo-se desde os pequenos hotéis do centro do país até
os locais noturnos mais badalados de Nova York e Los Angeles.
O único fator do filme que não o torna um dos maiores fracassos
do cinema americano é a presença de Paul Giamati. No papel de um ex-agente
imobiliário, o ator faz uma atuação excepcional com a exata dose de drama
e humor. Frustrado e sozinho, seu personagem passa por uma transformação.
Depois de conhecer uma cantora em uma de suas paradas ele descobre os
estimulantes. A partir de então, sua vida nunca mais será a mesma,
nem seu rosto, seu olhar e suas atitudes.
É
de se estranhar que uma atriz como Gwyneth Paltrow, que já recebeu até
um Oscar por sua atuação em Shakespeare Apaixonado (1998), tenha
se sujeitado a um papel tão inverossímil e apagado. Se não é culpa da
personagem, é da prórpia atriz, que faz uma atuação insossa e chata, aproximando-se
do patético.(Redação
Terra)
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