|
"O Grinch" desbanca Disney e antecipa o Natal com humor de Jim Carrey
Jim Carrey pertence ao seleto grupo dos superstars de Hollywood que recebem mais de US$ 20 milhões por filme. Não apenas ele - Tom Cruise, Harrison Ford e Arnold Schwarzenegger também fazem parte do clube. Os produtores não discutem. Carrey vale quanto pede. O palhaço de Eu, Eu Mesmo e Irene, dos irmãos Farrelly, é também um verdadeiro ator, como demonstrou em O Mundo de Andy, de Milos Forman, que já saiu em DVD e vídeo.
O público que o adora talvez tome um susto. Carrey estrela O Grinch, que estréia em todo o País. Mas está irreconhecível no filme que Ron Howard adaptou do livro de Dr. Seuss (pronuncia-se Suss). Não é só maquiagem - é máscara, prótese, tudo ocultando o rosto que se tornou conhecido em todo o mundo. Mas a característica essencial está lá e talvez ajude o público na identificação - o Grinch passa o filme fazendo caras e bocas, como Carrey gosta.
Essa história de ficar discutindo salário pouco ou nada tem a ver com a arte do cinema, mas tem a ver com a máquina de entretenimento que é Hollywood. E se é citada aqui é para propor um raciocínio - se Carrey ganhou US$ 20 milhões, quanto deve ter ganhado o cachorro que co-estrela o filme com ele? Vinte milhões de ossos? O cachorro é o máximo. Rouba as cenas em que aparece. É divertido, 'humano', para repetir a célebre definição que um ministro de Estado do Brasil usou para definir sua cachorrinha, anos atrás.
Embora não seja um fenômeno como "Harry Potter", o "Grinch" também vendeu horrores em todo o mundo. No Brasil, o livro foi editado pela Companhia das Letrinhas, com o título "Como o Grinch Roubou o Natal", para lançamento simultâneo com o filme. É um daqueles filmes que Hollywood volta e meia produz para celebrar o espírito natalino. A história passa-se num floco de neve, na Quem-lândia, onde vivem os Quens. São estranhos, meio gente, meio bichos, com focinhos que dão aos seus rostos uma conformação especial. Logo no começo, o espectador é informado de que a celebração máxima da Quem-lândia é o Natal. Todos correm alucinadamente para consumir, dando e recebendo presentes, promovendo o máximo de iluminação em casas, ruas e árvores.
Só uma menina não se sente muito à vontade nesse universo de consumidores. Quer dizer, a menina e o Grinch, que odeia o Natal e faz de tudo para acabar com a festa. O Grinch é considerado um monstro, do "mal". E se você conhece Hollywood sabe o que vai ocorrer - ele vai descobrir o significado do Natal. Mas não só ele. A população de Quem-lândia também vai fazer uma descoberta que, claro, não agrada muito aos comerciantes, mas é mais de acordo com aquele a quem se celebra nesse dia - o menino que nasceu há 2 mil anos numa manjedoura.
É um filme pesado, soterrado de efeitos e piegas a não mais poder. Mas, seja por Carrey ou pela mensagem natalina, num mundo globalizado (e carente de solidariedade), o público americano amou, transformando O Grinch num sucesso que a todos surpreendeu. No Brasil, estréia nas versões dublada e legendada. Nas primeiras, Antônio Fagundes empresta sua voz ao Grinch. Carrey é a atração. Veja-o e depois diga se não concorda , o cachorro do Grinch é a alma do filme.(Luiz Carlos Merten/ Agência Estado)
Confira:
Galeria de Fotos
Trailer
Walpapers
Especial El Grinch no Terra México.
O site traz fotos, entrevistas, músicas e curiosidades de cenários e efeitos especiais
|