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Adam
Sandler é demônio bonzinho em "Little Nicky - Um diabo diferente"
Em Little
Nicky -- Um Diabo Diferente, que entra em cartaz nesta sexta-feira, o inferno
é um submundo saído de uma história em quadrinhos, repleto de horizontes vermelhos,
criaturas peludas e Kevin Nielon no papel de um porteiro de rosto branco e sobrecarregado
de trabalho.
Nicky
(Adam Sandler), que tem o rosto permanentemente distorcido devido a um encontro
infeliz com uma pá, ficaria contente se pudesse continuar a tocar rock em seu
cantinho, mas é convocado por seu pai, o demônio (representado por Harvey Keitel),
para uma reunião que definirá seu herdeiro: Nicky, o sonso Adrian (Rhys Ifans)
ou o musculoso Cassius (Tommy "Tiny" Lister Jr.)
A decisão do demônio de continuar seu reinado por mais 10 mil anos é vista como
o maior insulto possível por Adrian, que conspira com Cassius para ir à Terra
e reunir almas suficientes para dar um golpe de Estado no velho. Apenas Nicky
poderá subir ao mundo e conter seus irmãos, encerrando-os numa garrafa mágica.
A mitologia
ridícula leva a uma sequência engraçada na qual o infeliz Nicky sai de um buraco
no metrô de Nova York, mas a todo momento corre o risco de ser morto na cidade
grande e má, hipótese na qual seria enviado de volta ao inferno. Seu ajudante,
o elemento mais cômico do filme, é um buldogue falante chamado Beefy, que acaba
levando-o a dividir um apartamento com o ator desempregado Todd (Allen Covert),
que nega sua condição gay, num dos aspectos do filme que vai incomodar a muitas
pessoas.
Muito mais do que nas comédias anteriores de Adam Sandler, o tom do filme é de
uma sátira contundente que atinge uma faixa social ampla -- mais ampla, na verdade,
do que a maioria das comédias de Hollywood. Enquanto isso, o pano de fundo é formado
pela inevitável história de amor, desta vez encarnada por Patricia Arquette, na
pele de uma estudante de design a quem as habilidades demoníacas de Nicky tanto
fascinam quanto repulsam.
Reuters
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