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Perversão
aflora em Sitcom - Nossa Linda Família
Um ratinho de
laboratório desencadeia os desejos obscuros de uma família
tradicional
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Destaque da 22º
Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Sitcom - Nossa
Linda Família faz gato e sapato dos valores burgueses ao focalizar
a desagregação de uma família no interior da França.
O primeiro longa de François Ozon se
utiliza de um elemento estranho que irá libertar as pulsões
obscuras e os desejos inconfessos de uma família tradicional.
Uma noite, o pai (François Marthouret) traz para casa um inócuo
rato de laboratório. A cada contato com
o roedor, os membros da família começam a adotar comportamentos
estranhos e bizarros, que se estendem à empregada e seu namorado.
O filho mais novo (Adrien de Van) acaba revelando uma insuspeita homossexualidade,
a filha mais velha (Marina de Van) dá vazão à suas
tendências suicidas e sadomasoquistas, enquanto a mãe (a
ótima Evelyne Dandry) descobre uma maneira única de curar
o "desvio" do filho, tentando desesperadamente manter a família
unida. Sexo grupal, incesto e outras iguarias divertem sem grandes pretensões,
em um filme que não vai muito além da provocação
aos valores burgueses.
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