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Malle fala de suicídio
e frustração em "Trinta Anos Esta Noite"
Uma das obras-primas do cineasta francês Louis Malle, Trinta Anos Esta Noite retorna aos cinemas. Morto pelo câncer em 95, Malle começou a carreira como assistente de direção de Robert Bresson, estreando na co-direção com Jacques Cousteau em 1955 no documentário O Mundo Silencioso, Oscar e Palma de Ouro em Cannes na categoria. Temas
escandalosos como incesto (O Sopro no Coração), prostituição infantil
(Pretty Baby) e o colaboracionismo francês (Lacombe Lucien)
renderam ao diretor a pecha de "provocador" e "pornográfico",
que em nada se aplica à profundidade de seus filmes.
Ele passa esses momentos tentando rever as pessoas importantes de sua vida: a amante (Lena Skerla), melhor amiga de sua ex-mulher; uma ex-viciada (a magnífica Jeanne Moreau); uma ex-namorada (Alexandra Stewart) casada com um amigo (Jacques Sereys). O drama de Alain, como
expõe a Milou (Bernard Tiphaine) na véspera do suicídio, é a
angústia de não conseguir tocar e ser tocado com sinceridade, um vazio
existencial que não permite a vivência amorosa plena.
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TRINTA ANOS ESTA NOITE
Título Original: Le Feu Foullet |
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