Simples como
Amar abusa dos clichês
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Carla Tate (Juliette
Lewis) é a "outra irmã" do título original
de Simples Como Amar, a última escorregada do diretor Garry
Marshall (Uma Linda Mulher). Para quem está se recuperando
da dependência de drogas, Juliette escolheu um mau papel para recomeçar
a carreira.
Bem-nascida e criada para ser um sucesso como as outras irmãs Tate,
Carla só tem uma falha: uma deficiência mental. A incapacidade
dos pais em lidar com o problema levam à internação
de Carla em uma instituição especial. Anos depois, ela retorna
ao seio da família Tate para jogar na cara dos normais que deficiente
mental também é gente, pode ser independente e possui a
incrível capacidade de amar.
 Carla e Danny se apaixonam e quase matam mamãe Tate do coração |
A mãe Elizabeth
(Diane Keaton) se martiriza por ter afastado Carla por tanto tempo da
família, mas insiste em adequá-la às convenções
da alta sociedade. Torna-se uma presença
insuportável (também para o espectador), tentando histericamente
proteger a filha dos males do mundo, enquanto o pai Bradley
(Tom Skeritt), um ex-alcoólatra compassivo, tenta conciliar as
coisas. As outras irmãs são esterótipos bem marcados,
a bem casada acomodada e a lésbica, sempre prontas a defender a
irmã voluntariosa contra a rigidez materna.
Farta do controle da mãe, Carla começa
a abrir as asas e se matricula em uma escola regular, onde conhece e se
apaixona por outro deficiente mental, Danny (Giovanni Ribisi),
um fanático por bandas marciais e pelo sugestivo filme A Primeira
Noite de um Homem. Apesar de algumas sequências simpáticas,
o evidente artificialismo das interpretações de Lewis e
Ribisi, a longa duração do filme e o amontoado de clichês
tornam Simples como Amar difícil de engolir.
(Cássia Borsero)
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