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Precedido por três troféus Candango ganhos no 31º Festival de Brasília Cinema Brasileiro – entre eles o de melhor filme –, Amor & Cia, de Helvécio Ratton, estréia em circuito nacional. O filme vem disposto a promover uma reconciliação entre o chamado grande público e a produção nacional, feito que o multipremiado Amores, de Domingos de Oliveira não conseguiu concretizar, mesmo sendo o favorito do público no Festival de Gramado de 98. Baseado em um livro de Eça de Queiroz, Alves & Cia, Amor & Cia coloca em cena um triângulo amoroso formado por dois homens sócios em uma empresa, e uma mulher, a bela e sofrida Ludovina. Ambientado no Brasil do século 19 e rodado em São João del Rey, Minas Gerais, o filme ganha muito com a direção de arte de Clóvis Bueno, também premiado em Brasília. Concebido como uma comédia dramática, a história centra sua ação no possível adultério cometido pela sensível Ludovina e o conquistador Machado, o sócio de Alves. Com evidentes olhares para a personagem Capitu, do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis, Patrícia Pillar diz ter encontrado em outro personagem de Eça de Queirós, a Luísa de O Primo Basílio, os elementos para construir a sua Ludovina, apenas esboçada no livro Alves & Cia . É a ambigüidade do comportamento da mulher que dá ao filme seu maior interesse. "Eu não queria condenar ninguém. Nenhum dos personagens é totalmente bom ou mau", diz o diretor Helvécio Ratton, referindo-se a sua visão das criaturas de Eça e a sua disposição de mostrar as pessoas como elas são, sem fazer julgamentos. A trinca de atores principais funciona, assim como os coadjuvantes de primeira linha. Eles acompanham a descida de Alves aos infernos, que se dá logo no início de Amor & Cia, ao surpreender a mulher e o sócio em atitude suspeita. Muitos passos à frente das obras anteriores do diretor, A Dança dos Bonecos (1986) e Menino Maluquinho (1995), a adaptação para a tela da obra de Eça de Queirós resultou em um filme fácil de se assistir. (Agência RBS)
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AMOR & CIA
Título Original: Amor
& Cia |
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