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"Amores Possíveis" traz três histórias paralelas de uma mesma paixão
Veja:
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» Vídeos com a diretora Sandra Werneck, Murilo Benício e Beth Goulart
A diretora de Pequeno Diconário Amoroso, Sandra Werneck, volta às telas com mais uma comédia dramática sobre relacionamentos só que, desta vez, o amor entre duas pessoas é apresentado em três versões diferentes.
Amores Possívies traz três possibilidades de romance, três destinos diferentes para as vidas de Carlos (Murilo Benício) e Júlia (Carolina Ferraz).
Num dia de chuva, na porta do cinema, Carlos espera Júlia. Ela não chega. A partir deste ponto o espectador é conduzido por três possíveis rumos da vida dos dois, em três histórias paralelas.
Numa delas Carlos é um homem bem estruturado finaceira e emocionalmente, que fica dividido entre a vida segura e o casamento sem sal, e a possibilidade de uma grande paixão.
Em outra, Carlos deixou a mulher e o filho para viver uma paixão homossexual, trocando o amor paterno pelo desejo.
Na terceira, Carlos é um homem imaturo, que ainda vive com a mãe (Irene Ravache), persistindo em experiências desastrosas na busca da mulher perfeita. "Bonita, meiga, educada, culta..."
É no intervalo de quinze anos que a diretora explora as possibilidades de amor entre um homem e uma mulher. Quem nunca fez planos ou mesmo imaginou seu futuro ao lado de alguém? É divertido ver isso transposto para as telas, de maneira suave, divertida e real, sem grandes alucinações de roteiro.
Murilo Benício está bem nos três papéis. Sua transformação em cada personagem é bem trabalhada, sendo perceptível um estudo mais aprofundado na preparação de seus personagens. Já a bela Carolina Ferraz não traz grandes transformações. Suas "Júlias" parecem extensões de outros personagens vividos pela atriz. Beth Goulart, que atua em apenas uma das histórias, mostra seu talento sutil e marcante, trazendo grande veracidade à sua personagem, Maria.
Sandra faz um filme de amor. Mesclando dramas a situações engraçadas, a diretora firma-se como uma "fotógrafa" dos relacionamentos pessoais cotidianos, vividos e reconhidos facilmente pelo público frente.
Para a trilha, mais uma vez em parceria com o músico João Nabuco, a cineasta escolheu canções brasileiras bem românticas. Para a abertura, Chico Buarque regravou ao lado de Zizi Possi a canção "Dueto", de autoria do próprio Chico. (Luciana Rocha/ Redação Terra)
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