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A disputa entre o
divino e o efêmero em Asas do Desejo
Um
marco do cinema na década de 80, Asas do Desejo, narra a disputa entre o divino
e o efêmero nesta reflexão de Wim Wenders sobre a existência humana.
Na Berlim gélida e devastada
do pós-guerra, um batalhão de anjos vela pelas
almas perdidas que sofrem e se desesperam em silêncio, como
os anjos anjos Damiel (Bruno Ganz) e Cassiel (Otto Sander).
Eles assistem às desventuras
terrenas, mas não podem sentir as dores e alegrias humanas. Damiel não escapa incólume de sua condição divina, ao se
apaixonar pela trapezista Marion (Solveig Dommartin)e não poder consumar seu desejo. Para poder tocá-la,
ele deve deixar de ser anjo e tornar-se humano,
perdendo sua condição imortal. Para guiá-lo em sua escolha, surge Peter
Falk (da série Columbo), um anjo caído que soube fazer a transição
entre os dois mundos.
Com uma lentidão cercada
de imagens em cor e preto-e-branco, focalizando o olhar de anjos e homens,
Wenders construiu um dos filmes mais poéticos
da década de 80.
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