"O Último Entardecer" adianta caminhos da política chinesa
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O velho romance entre Inglaterra e China chega ao fim. O ano é 1996. Este é o último réveillon do domínio britânico sobre a exótica e complexa Hong Kong. Entre festas cheias de vestidos de lamê e fogos de artifício, John (Jeremy Irons) sofre pelo amor impossível com a bela, mas fria, Vivian (Gong Li).
John é um jornalista inglês que trabalha há muitos anos na cidade. Na última noite do ano ele sai pelas ruas em festa, atordoado pela reviravolta política que está prestes a acontecer, e pela desilusão de um amor não correspondido. 
Enquanto isso, uma multidão festeja 
pelas vias estreitas da cidade, deixando transparecer a complexa cultura chinesa.
Dirigido pelo aclamado diretor Wayne Wang (Cortina de Fumaça), o filme traz, além de grandes nomes na atuação, o roteiro de um dos maiores representantes do cinema mundial. Jean-Claude Carrière é quem escreveu e produziu a história de amor ambientada na China.
Apesar de vários pontos a favor, o filme não alcança a altura merecida, ficando um tanto confuso e perturbado quanto à mistura de técnicas e estilos de filmagem.
A história traz contrastes de gêneros como o romance e o documental.
Embora a trama ande um pouco arrastada, uma personagem lateral dá vida ao filme, trazendo consigo novidades e análises mais experimentais.
Jean (Maggie Cheung) traz ritmo à vida de John. Enquanto ele anda confuso e preocupado com sua saúde e vida emocional, passa a perceber as sutilidades da cidade oriental - despertada pela estranha chinesa de estilo inglês.
Talvez O Último Entardecer seja complexo demais aos 
olhos de ocidentais. Ou na verdade, não traga a realidade esperada, na qual o que se imagina sejam coisas muito diferentes de céus cinzas e poluídos, ruas estreitas e sujas e barracas de comida com peixes agonizando.
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