"Claire Dolan" é nu e cru
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Claire Dolan é uma imigrante irlandesa que trabalha como prostituta em Nova York. Ela tem um belo apartamento em Manhattan, bom padrão de vida, e seu único problema aparente é o gigolô Roland
(Colm Meaney), com quem tem uma dívida.
Com a morte da mãe, sua vida "boa" passa a não ter sentido. Com isso, Claire tenta mudar seu estilo de vida e libertar-se da frieza e vazio indo para uma cidade do interior, e deixando a cosmopólita Nova York.
Em sua nova situação, ela conhece o taxista Elton (Vicent D' Onofrio), com que inicia um romance. Ele está disposto a ajudá-la a pagar as dívidas e ter um filho com ela. No início Claire investe no romance, depois percebe que quer ter um filho. As coisas parecem melhorar. No 
entanto, aos poucos, ela percebe que não pode mesmo confiar em ninguém.
Katrin Cartlidge tem uma performance impressionate no papel de Claire. De forma fria, e sem deixar transparecer os sentimentos, ela atua como uma heroína dentro de um ciclo de vida insípido e cru. Tudo é distanciado, impessoal, mas nunca insensível.
O diretor e roteirista nova-iorquino Loghe H. Kerrigan fez sua estréia no cinema há cinco anos com "Clean, Shaven". Claire Dolan é sua segunda produção.
A análise e ambiguidade de estilos de vida é uma característica marcante do diretor.
Todos os elementos no filme confirmam o personagem forte e arrasador de Claire, além da originalidade, talento e vitalidade do jovem Kerrigan.
"Claire Dolan" foi muito bem recebido no Festival de Cannes de 1998 e, no Brasil, causou frisson na 22ª Mostra Internacional de Cinema de 1998. Claire Dolan é surpreendente tanto na aboradgem inovadora sobre o personagem "prostituta", quanto em sua postura diante da vida.
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