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Bela
fotografia e muitos clichês fazem Uma Paixão em Florença
Quarto filme
do diretor Philip Haas (Jogando com a Sorte, Anjos e Insetos,
Blood Oranges), tem como cenário Florença, na Itália, em 1938,
às vésperas da Segunda Guerra Mundial. O roteiro é de sua mulher Belinda
Haas, adaptado do romance homônimo de Somerset Maugham. O longa é centrado
na história da viúva Mary Panton (Kristin Scott Thomas) que vai viver
na Itália numa comunidade de expatriados ingleses e acaba se envolvendo
por uma noite com um jovem violinista (Jeremy Davies), refugiado da Áustria
anexada por Hitler.
Por influência de uma história contada por sua amiga, a princesa San Ferdinando
(Anne Bancroft), e também por pena, ela decide entregar-se ao rapaz. Mas
ele volta na noite seguinte para declarar-lhe seu amor e, sendo rejeitado,
mata-se no mesmo quarto onde tudo começou. O fato faz com que ela se aproxime
de Rowley Flint (Sean Penn), um americano recém-chegado ao país, que lhe
ajuda a livrar-se do corpo e disfarçar as evidências de sua relação com
o suicídio. Os dois acabam se envolvendo mesmo com Mary prestes a se casar
com o respeitável Sir Edgar Swift (James Fox).
Uma Paixão em Florença tem um grande atrativo: o elenco. Kristin
Scott Thomas (O Paciente Inglês) roubaria a cena - com sua Mary
frágil, mas capaz de reações surpreendentes - não fosse o senso de humor
mordaz de Anne Bancroft (Nunca te vi...Sempre te Amei), no papel
da princesa. Destaque para o cinismo sedutor de Sean Penn (Não Somos
Anjos), que nas poucas cenas em que aparece consegue criar o personagem
mais interessante do filme. São grandes atuações para um roteiro que escorrega
em todos os clichês das histórias de amor: o beijo para despistar, que
acaba envolvendo os dois fugitivos, a dúvida entre a paixão e a segurança
material, a amiga conselheira ... Tudo isso enquadrado numa fotografia
de grandes planos valorizando a beleza, quase óbvia, da Florença da década
de 30. .(Agência
Estado)
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