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Ódio entre pai e filho move Caráter Depois de muito suspense, finalmente Caráter, a estréia do cineasta holandês Mike Van Diem no campo dos longas-metragens, estréia no Brasil. A produção ficou famosa por aqui por ter ganhado o Oscar de melhor filme estrangeiro em 98, enquanto todos os brasileiros esperavam que O Que é Isso Companheiro, de Bruno Barreto, levasse a estatueta.
O filme é a adaptação para o de um clássico da literatura holandesa, publicado em 1938 por Ferdinand Bordewijk, que conta a história do aspirante a advogado Katadreuffe (Fedja van Huet). Durante a crise financeira da década de 30, ele faz uma "visita" ao homem mais odiado da Roterdan na época, o oficial de Justiça Dreverhaven (Jan Decleir). Depois de um curto diálogo, o rapaz se joga contra Dreverhaven e, instantes depois, deixa a sala, ensangüentado e atônito. A situação fica pior ainda quando se descobre que Katadreuffe é o filho bastardo do oficial de Justiça, mas a relação entre os dois tornou-se impossível, já que a mãe abandonou Dreverhaven. Van Diem reconstitui a saga do pai e do filho que se odeiam de forma brilhante, usando flashbacks, num roteiro escrito a quatro mão com Charles Dickens. Os atores Van Huet e Decleir cativam o público com personagens que se sustentam entre a determinação e a covardia: não é apenas o êxito em suas respectivas carreiras que une os dois. Os laços familiares são evidenciados também pelo fracasso no campo das emoções. (Agência RBS)
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Título Original: Karakter |
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