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Fábula apresenta máquina fantástica

O primeiro longa da diretora de curtas Eliane Caffé estréia com o passaporte carimbado para participar do Festival de Veneza de 1998. Kenoma será exibido durante a mostra não-competitiva "Perspectivas".


Construção de um moto perpétuo acontece no sertão de Minas Gerais
Kenoma é uma fábula utópica sobre um antigo sonho da humanidade: o moto-perpétuo, uma engenhoca capaz de funcionar eternamente sem necessidade de energia externa.

O sonho é acalentado há 20 anos por Lineu (José Dumont), um artesão contratado por Gerônimo (Jonas Bloch) para consertar um velho moinho do vilarejo de Kenoma, e que acredita na transformação das velhas engrenagens na máquina fantástica e impossível.

Para ajudá-lo na empreitada, surge o andarilho Jonas (Enrique Diaz), que auxilia o artesão para se aproximar de sua filha, a bela ciclista Tari (Mariana Lima). O velho Gerônimo faz de tudo para abortar o projeto e dar um uso mais prático ao galpão onde Lineu constrói sua engenhoca.

A presença de uma vidente (Eliana Carneiro) surge aqui e ali, mudando os rumos de uma história cravada na ousadia poética da imaginação ilimitada, com a trilha sonora do grupo Uakti.

Rodado entre abril a junho de 1997 nos vilarejos de Itira e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha (MG), o filme causou grande impacto nas populações locais, a exemplo de Central do Brasil, com o emprego de moradores na figuração. (Cássia Borsero)

 

 








KENOMA

Título Original: Kenoma
País de Origem: Brasil
Ano: 1998
Duração: 101min
Diretor: Eliana Caffé.
Elenco:
José Dumont, Enrique Diaz, Mariana Lima, Jonas Bloch e Matheus Nachtergaele.









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