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Costa-Gavras questiona o quarto poder O cineasta grego Constantin Costa-Gavras testou os limites do cinema político em marcos como Z e A Confissão. Em O Quarto Poder, Gravas desvia as câmaras das ditaduras de esquerda e direita para focalizar um das grandes questões deste fim de século: as relações insidiosas entre o jornalismo e o show business.
Gavras realiza um remake do clássico de Billy Wilder, A Montanha dos Sete Abutres (1951), em que um repórter decadente tenta aquecer uma notícia para voltar a trabalhar em um grande veículo. É o que acontece a Max Bracket (Dustin Hoffman), um repórter de TV do noticiário local, escalado para fazer uma matéria sobre as dificuldades financeiras de um museu. No mesmo dia, Sam Baily (John Travolta) invade o local armado para enfrentar a diretora da instituição e tentar reaver o emprego de vigia. Como o lugar está infestado de crianças, logo se configura um sequestro e Bracket fareja uma oportunidade para transformar o caso em drama de interesse nacional. Baily é um pobre-diabo que não entende a dimensão de seu ato, uma presa fácil para Bracket, que o aconselha durante vários dias, planejando seus passos de modo a torná-lo uma isca atraente para a mídia e para o público. O roteireista Tom Matthew imaginou a história a partir do trágico desfecho do cerco de 51 dias aos fanáticos do Ramo de Davi, em Waco, Texas, que terminou em suicídio coletivo. Como o cerco se estendeu durante muito tempo, os jornalistas passaram a inventar histórias para esquentar o interesse dos noticiários, devastando um dos valores sagrados do jornalismo tradicional.
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Título Original: Mad
City |
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