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Aprendizagem existencial domina Mário, de Hermanno Pena
Cultuado diretor do premiado Sargento Getúlio, Hermano Penna levou quatro anos para conseguir finalizar Mário, depois de interrupções por falta de verbas e dificuldades de filmagem no Mato Grosso e na Amazônia. Drama existencial sobre busca, sofrimento e redenção, Mário marca o retorno do diretor e documentarista após doze anos de jejum, desde Fronteira das Almas, lançado em 1987.
Mário (Jairo Mattos), um jovem e bem-sucedido médico paulista, vive em São Paulo uma vida um tanta artificial com a ambiciosa Lúcia (Vera Zimmerman). Desiludido com os rumos mercantilistas da profissão,o sufocamento da vida urbana e desencantado com o casamento, Mário se impõe uma encruzilhada. Olha em um mapa uma localidade perdida na fronteira do Mato Grosso com o Pará, Juína, e decide largar tudo e colocar literalmente o pé na estrada, até chegar a uma Amazônia cheia de conflitos.
Jairo Mattos interpreta o médico Mário |
Entre aventuras e o convívio com as populações locais, Mário recupera o sentido da profissão. Mas o encontro idílico com a natureza é quebrado por uma realidade povoada por deserdados, onde prevalece a lei da selva. Nas palavras do diretor, Mário desce aos infernos e conhece o diabo, mas o calvário tem uma função redentora, mesmo à custa de uma dolorosa descoberta.
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