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O projeto de Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos, de Marcelo Masagão, nasceu de uma bolsa estudos da Fundação McArthur, que investia na concepção de um CD-Rom sobre o século XX.
Criador do Festival do Minuto, que não vai acontecer este ano por falta de patrocínio, Masagão mergulhou durante três anos em pesquisas e transformou o projeto em seu primeiro longa, um filme ensaístico (ou "filme-memória")difícil de ser enquadrado em um gênero. Sob a trilha sonora primorosa de Wim Mertens, a dualidade criação-destruição e a banalização da morte no decorrer do século mais violento da história percorrem um mosaico de centenas de imagens de arquivo extraídas de reportagens de TV, fotos antigas, filmes como Powaaqatsi, de Geoffrey Reggio, e clássicos do cinema, como Um Cão Andaluz, de Buñuel e Dalí, A General, com Buster Keaton, e Viagem à Lua, de Georges Meliès. O instinto de destruição que fascinou Freud é o fio condutor de uma montagem que funde imagens a palavras, fatos históricos a uma ficção deslavada, que inventa nomes e vivências para os indivíduos sem nome que também fizeram a história.
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Título original: Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos |
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