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"Regras da Vida" registra decisões e atitudes frente ao destino
Regras da Vida, responde bem às regras do cinema clássico acadêmico. Filmado com clima sensível e singelo, completamente à moda antiga, surpreendeu arrancando sete indicações ao Oscar e dividindo com O Informante, de Michael Mann, o segundo lugar na corrida às estatuetas.
O filme é baseado no best seller de John Irving e recebe direção do sueco Lasse Hallström que produziu anteriormente o delicado Minha Vida de Cachorro, e Gilbert Grape, Aprendiz de Sonhador (What's Eating Gilbert Grape?, 1993), filme que revelou Leonardo DiCaprio ao mundo.
Regras da Vida concorre ao Oscar em sete indicações (inclusive melhor direção). O filme conta a jornada de Homer Wells (Tobey Maguire, A Vida em Preto e Branco), um jovem órfão que, após ter crescido num orfanato, parte a procura de sua história. Quem dirige o orfanato St. Clouds é o médico Dr. Larch (Michael Caine, que concorre a sua segunda estatueta de melhor ator coadjuvante). Wells aprende muito sobre medicina, mas pouco sobre si mesmo. Então, para tomar as rédeas da sua vida, sai de "casa".
Com história ambientada durante os anos 30 e 40, o filme discute assuntos polêmicos como aborto, questões raciais, sexualidade e regras impostas pela sociedade norte-americana.
Com mais de duas horas, Regras da Vida comove e arranca lágrimas. Com fotografia clássica, marcando o espírito do passado, a trama apresenta um enfoque doce, humanista e reflexivo. As decisões e escolhas sobre o destino são os grandes temas da narrativa.
O orfanato é um dos grandes cenários da trama. O local é mais uma casa administrada por pessoas especiais, que tem como personagem principal o visionário Dr. Wilbur Larch. Como um amado pai, o médico mostra-se avesso às regras e leis. O grande mestre destaca as imperfeições humanas sendo a favor do aborto e viciado em éter.
O filme é considerado o azarão do Oscar, mas suas indicações já serviram para retirá-lo do restrito circuito de arte dos EUA, sendo exibido também nas salas comerciais.
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