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Minha Vida em Cor-de-Rosa ensina convívio com as diferenças O cinema independente e até
o cinemão comercial já descobriram um filão que rende boas
histórias e algumas sequências memoráveis. A sexualidade
humana nunca esteve tão dependurada nas telas. Seja lá qual for
a opção, tirando sexo com árvores de Natal, a diferença,
a intolerância, a liberdade e as escolhas são questões que
ajudam a construir bons roteiros e a discutir preconceitos.
Minha Vida em Cor-de-Rosa, de Alain Berliner, conta as desventuras do garoto Ludovic (o ótimo Georges du Fresne). Ele cresce imaginando que nasceu no corpo errado: na verdade, acredita ser uma menina. Logo na primeira sequência, aparece em uma festinha promovida pelos pais para atrair a nova vizinhança em um lindo vestidinho. A impressão e o mal-estar não saem das cabecinhas dos vizinhos, que começam a pressionar e ridicularizar o garoto. A rejeição se estende aos pais, aos colegas e a qualquer um que se aproxime de um sintoma de homossexualidade tão latente. Ludovic refugia-se do tormento em um mundo róseo, onde só cabem a boneca Pam, uma Barbie espevitada, e o apoio afetivo da avó (Helene Vincent). O filme fez sucesso nos festivais gays e em mostras de cinema, embora não seja exatamente um libelo para as mocinhas enrustidas saírem do armário. Ainda assim, é um enfoque engraçado e acaba traindo uma mensagem edificante de convivência com as diferenças.
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Título Original: Ma
Vie en Rose |
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