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Uma nova obra sobre a cultura religiosa brasileira chega aos cinemas. Santo Forte, de Eduardo Coutinho, entra em cartaz no dia 19 de novembro, no Espaço Unibanco de Cinema de São Paulo, e traz ao público um documentário sobre a religiosidade de moradores simples de uma favela situada na zona sul do Rio de Janeiro. Segundo o diretor, as entrevistas captadas na fase de pesquisa do tema, em diversos estados brasileiros, ajudaram a intuir que, independentemente das diferenças regionais, as classes populares possuíam alguns padrões de comportamento religioso semelhante. A partir daí, Eduardo resolveu documentar uma única localidade, fazendo um levantamento da cultura local. Uma das preocupações de Santo Forte foi a de abordar pontos comuns entre os personagens, embora o filme retrate católicos, umbandistas, evangélicos, entre outros. É a partir do depoimento dos moradores de Vila Parque que Eduardo documenta os diversos costumes e crenças. Além dos personagens reais que falam sobre experiências e vivências, o filme utiliza imagens atuais e de arquivo que, segundo o diretor, servem como alívio visual, provando a veracidade do que foi dito. O diretor optou por filmar em vídeo, apesar da obra ter sido finalizada em película. Esta decisão possibilitou maior tempo de filmagem, dando aos personagens o tempo necessário para que construíssem seus relatos. Santo Forte ilustra a religiosidade apenas por depoimentos. Não há registro de rituais, cultos e outros eventos. Cabe ao público buscar no imaginário todas estas representações, apresentadas e difundidas apenas pela crença dos próprios moradores.
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Título original: Santo Forte |
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