|
Clima soturno de Dostoyevsky
não funciona em filme
Homem grava seu diário em vídeo |
Um dos títulos remanescentes
da Mostra Internacional de 1996, que não havia conseguido uma data para
ser exibido, Notas do Subterrâneo finalmente estréia nos
cinemas.
Trata-se de uma modesta
produção norte-americana dirigida por Gary Walkow, que faz uma
modernização do livro homônimo do escritor russo Dostoyevsky.
A
tradicional confissão feita em um diário é, desta vez, realizada diante
de uma câmera de vídeo
a que o protagonista confessa seus tormentos, em especial seu amor por
uma prostituta.
Henry Czerny, mais
conhecido por sua participação em Jenipapo, de Monique Gardenberg,
é o protagonista da trama que tem ainda no elenco Sheryl Lee (Terapia
do Prazer), como a mulher que leva o ex-burocrata
a cometer uma loucura.
O filme mantém um clima
tenso e claustrofóbico, mas a inadequação dos
atores aos personagens não consegue preencher o vazio que emana
dos planos secos e frios da narrativa de Walkow.
Pretensioso em sua proposta,
por vezes tragicamente engraçado, Notas do
Subterrâneo está muito distante
de sua fonte, mas poderá, eventualmente, interessar a aficionados
de modernizações e revisões cinematográficas. (Agência RBS)
|