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Aruanda de Linduarte Noronha (PB, 20 min, 1960) Os quilombos marcaram época na história econômica do Nordeste canavieiro. A luta entre escravos e colonizadores terminava, às vezes, em episódios épicos, como Palmares. Olho d'Água da Serra do Talhado, em Santana do Sabugi (PB), surgiu em meados do século passado, quando o ex-escravo e madeireiro Zé Bento partiu com a família à procura da terra de ninguém. Com o tempo, Talhado transformou-se num quilombo pacífico, isolado das instituições do país, perdido nas lombadas do Chapadão nordestino, com uma pequena população presa a um ciclo econômico trágico e sem perspectivas, variando do plantio de algodão à cerâmica primitiva, vendida na feira ao pé da serra. "Aruanda é a melhor prova da validade, para o Brasil, das idéias que prega Glauber Rocha: um trabalho feito fora dos monumentais estúdios que resultam num cinema industrial e falso, nada de equipamento pesado, de rebatedores de luz, de refletores, um corpo a corpo com uma realidade que nada venha a deformar, uma câmera na mão e uma idéia na cabeça apenas. O que fazer? Aruanda o dizia." (Jean-Claude Bernardet)
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