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Cabra Marcado para Morrer de Eduardo Coutinho (RJ, 119 min, 1984) A feitura de um filme ficcional, interrompido nos anos 60, pretendia focalizar o assassinato de um líder camponês, João Pedro Teixeira, morto em 1962. Vinte anos depois, o cineasta recompõe a partir da trajetória da viúva deste, a própria trajetória do país sob o regime militar. Um resumo de duas épocas, o longa colocou na tela os problemas dos sem-terra, dos perseguidos políticos, de uma família vítima da intolerância e a violência dos poderosos. Melhor Filme, Cinéma du Réel 85; Tucano de Ouro (melhor filme), Prêmio da Crítica, Prêmio OCIC e Prêmio D. Quixote, Festival Internacional do Rio de Janeiro (FestRio) 84. "A picada que o filme abre, a meu ver, não é tanto o fato de a equipe aparecer - isto se faz muito. O importante, a meu ver, é que certas informações de texto e de estrutura do filme servem para indicar as condições de produção da "verdade". Quer dizer, hoje as pessoas falam dessa maneira, numa determinada situação; no dia seguinte, de surpresa, podem falar de outra maneira." (Eduardo Coutinho)
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