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Di
de Galuber Rocha (RJ, 17 min, 1977)


Ao tomar conhecimento da morte do amigo e pintor Emiliano Di Cavalcanti, o cineasta vai com sua equipe de filmagem para o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, onde o corpo do artista está sendo velado, e dirige um filme onde manifesta sua perplexidade, sua indignação e seu impulso poético.
No filme, Glauber intercala partes do seu discurso apaixonado com trechos de uma crítica de Frederico de Morais e do poema Balada de Di Cavalcanti, de Vinícius de Moraes.

Prêmio Especial do Júri, Festival de Cannes 77. Medida judicial mantém interditada a exibição pública do documentário, a pedido da família do pintor.

"Quando Di morreu, eu apenas improvisei em cima de fatos. Como eu estava duro, pedi a vários colegas cineastas pedaços de filmes virgens, chegando a
juntar 800 metros de colorido. Peguei também uma câmara emprestada do Nelson Pereira dos Santos.[...] Fui ao velório, no Museu de Arte Moderna e ao
enterro, no São João Batista. Dirigi o fotógrafo Mário Carneiro na tomada das cenas. Aí já estava decidido a fazer um filme sobre a morte de Di. Uma
homenagem de amigo para amigo. As poucas pessoas que estavam lá ficaram chocadíssimas, claro. Diziam que eu estava tumultuando o enterro, estava profanado um ato católico. Não é nada disso. Meu filme é um manifesto contra a morte. Da morte nasce a vida. Di era um homem alegre, um homem que, com toda a certeza, também gostava de enterros. E eu quis, além de prestar-lhe uma homenagem, contestar os princípios fundamentais da lógica." (Glauber Rocha)


 



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