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O País de São Saruê de Vladimir Carvalho(PB, 90 min, 1971) Com a extinção da nação Cariri pelos colonizadores, os índios perderam suas terras nos sertões do Nordeste, há quase três séculos. No início dos anos 70, registra-se, uma espécie de renascimento, com a exploração de novos minérios. A antiga cultura pastoril, a rusticidade dos costumes, os campos lavrados sol a sol, a folgaça do Bumba-Meu-Boi definham e convivem melancolicamente com outras formas de vida trazidas pelo rádio, cinema e televisão. "A cadência do poema, uma forma próxima do épico, antiga, grega (também sertaneja) de se narrar a História, marca todo o longo prólogo, como uma voz da Terra, um monólogo do Sertão, e só desaparece totalmente na segunda metade do filme, quando passa a predominar o som das entrevistas. O ritmo andante dos versos de Jomar Souto, à medida que o filme avança, cede lugar à narração, que por sua vez é, aos poucos, substituída pela fala dos entrevistados." (Vladimir Carvalho)
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