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Festival de Gramado 98

Texto de Scliar ficou americanizado

O diretor Lucas Amberg disse no domingo (9) que está conformado com a possibilidade de seu longa, Um Sonho no Caroço do Abacate, ser tachado por alguns de “americanizado”.

Lucas Amberg

O filme é baseado em um conto do escritor gaúcho e colaborador de Zero Hora, Moacyr Scliar, e discute o amor interracial na década de 60. O filho mais velho de um casal de imigrantes judeus matricula-se em um colégio católico e acaba perseguido por sua origem. Faz amizade com o único estudante negro da escola e se apaixona pela irmã do amigo.

Um Sonho no Caroço do Abacate foi produzido em duas versões, uma falada em inglês e outra em português, e seu elenco mistura Elliott Gould (ator de M.A.S.H.), Talia Shire (de Rocky, um Lutador), Antônio Abujamra, Thaís Araújo e Jair Rodrigues.

A explicação do catarinense Amberg por ter conseguido elenco internacional em seu primeiro longa tem que ser buscada em 1987, quando se mudou para Los Angeles disposto a estudar cinema na University of Southern California.

"Aprendi a preparar um filme com estrutura narrativa consistente e ritmo para prender o espectador. Gould gostou do roteiro e topou fazer por um cachê menor. Aí ficou mais fácil que Talia concordasse", explica o cineasta.

Pela metade do preço

Um Sonho no Caroço do Abacate foi orçado inicialmente em US$ 2,1 milhões. Acabou sendo feito com US$ 1,2 milhão (“com cara de US$ 5 milhões”, diz Amberg), por meio da Lei do Audiovisual.

As filmagens levaram o tempo recorde de um mês. De “americanizada”, Amberg admite apenas a técnica que absorveu nos Estados Unidos. Os filmes que fazia na universidade eram elogiados pelo toque latino-americano que tinham, mas recebiam críticas pela sua estrutura.

"Um dos maiores problemas do cinema brasileiro é justamente esse: bons roteiros. A influência da nouvelle vague e do neo-realismo italiano viciou o cinema brasileiro", afirma. (Agência RBS)

  

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