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MOSTRA
PANORAMA DOKUMENTE
Documentários focalizam Holocausto
O Programa Oficial do Festival
de Berlin inclui uma série de documentários dedicados
ao Holocausto, rascimos e discriminação, na mostra Panorama
Dokumente. Com o debate gerado pelos planos de se construir um memorial
em Berlim, o neonazismo crescente e a revelação de novos
materiais sobre o período, a cidade discute passado e futuro através
do festival.
The Last Days, de James Molls, é o primeiro documentário
da Steven Spielberg's Shoa Foundation, sobre as vidas de cinco judeus
húngaros antes e depois da Segunda Guerra. A fundação
criada por Spielberg pretende registrar as memórias dos sobreviventes
do Holocausto para a posteridade.
O impressionante Un Spécialiste (A Specialist), do francês
Eyal Sivan, concentra-se nas afirmações de Adolf Reichmann
durante seu julgamento em Israel, em 1961. Oficial nazista, Reichmann
tinha como única preocupação a perfeita implementação
da deportação de judeus para campos de concentração.
Kurt Gerrons Karussel, do diretor berlinense Ilona Ziok recupera
a memória de um artista alemão dos anos 20, hoje esquecido
do público. O ator viveu o mágico no antológico Anjo
Azul, com Marlene Dietrich. Enviado a um campo de concentração
"vip", Ziok trocou sua vida pela aparição em um
filme de propaganda nazista, O Führer Concede uma Cidade aos Judeus.
Em NEIN! Zeugen des Widerstandes in München 1933-1945, a renomada
documentarista alemã Katrim Seybold registra as memórias
de pessoas que arriscaram suas vidas e pagaram um preço alto por
resistir ao regime nazista em Munique.
The Reckoning, do inglês Kevim Sim, é um retrato do
líder sérvio
e genocida Radovan Karadzic, procurado por crimes contra a humanidade
pelo Tribunal de Crimes de Guerra dos EUA. O filme revela os aspectos
contraditórios de seu caráter e os limites da justiça.
O apartheid na África do Sul é tema de dois documentários.
Em Tala Med Mig Systrar! (Speak To Me Sisters!), Maj Wechselmann
traça a trajetória de glória e decadência do
regime discriminatório desde os tempos de Gandhi até hoje.
The Man Who Drove With Mandela, uma produção anglo-alemã
de Greta Schiller, mostra como Nelson Mandela se disfarçou em um
chofer de um homem branco para, em 1962, tentar reorganizar a resistência
armada na África do Sul. O "patrão" de Mandela
foi o diretor de teatro Cecil Williams, homossexual e notório defensor
dos direitos humanos. Preso com Mandela, ele morreu no exílio em
1978.
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