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Festival
de Gramado 98
Gramado mostra sua face latina
A terceira noite do 26º Festival de Gramado comprova a guinada que o evento deu há seis anos, abrindo a competição em busca do sotaque latino. Os dois longas da noite são o cubano Tropicanita (Kleines Tropikana) e o argentino Pizza, Birra, Faso.
O diretor cubano Daniel Díaz Torres diz que a saída para a mediocridade pode cair do céu. Tropicanita conta a história de um policial que descobre o cadáver de um turista alemão em um bairro de Havana. Detalhe: o turista tem asas, e o policial tem a grande chance de mudar sua vida. Os cineastas argentinos Adrian Israel Caetano e Bruno Stagnaro pretenderam apenas contar bem uma história. Pizza, Birra, Faso é a história de quatro adolescentes portenhos que ganham a vida à custa de pequenos assaltos. O líder do grupo, vivido por Héctor Anglada, acaba engravidando sua namorada e tem que decidir entre os velhos camaradas ou a vida de pai de família. "Não fizemos análise social. Se quiséssemos isso, teríamos rodado um documentário", diz Adrian Israel Caetano, que estréia na direção de longas depois de dirigir sete curtas. O cineasta considera Pizza, Birra, Faso um típico produto de uma nova leva de filmes argentinos. "Nosso cinema alterna fases de grande e pequena produção. O que se está fazendo cada vez mais são filmes independentes, com baixos orçamentos. Há filmes em 16mm, filmes em preto e branco, de várias tendências. Na programação desta
segunda, também os curtas Quintana dos Oito aos Oitenta, do gaúcho
Antônio Carlos Textor, Imagens Distorcidas, do paranaense Calixto
Hakim, e Um Dia e Logo Depois um Outro, dos paulistas Nando Olival
e Renato Rossi. As homenagens ao diretor Nelson Pereira dos Santos prosseguem
com a exibição de Como Era Gostoso o meu Francês (1970). (Agência
RBS) |
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