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Festival de Gramado

1976

Alegoria sobre a família, O Predileto foi o melhor filme (foto Banco de Dados/ZH)

Um dos grandes nomes internacionais do cinema brasileiro, o cineasta Alberto Cavalcanti foi o convidado mais ilustre da edição de 1976 do Festival do Cinema Brasileiro de Gramado. Cavalcanti protagonizou uma série de gafes, a mais lembrada delas, ao agradecer as homenagens que lhe foram prestadas, dizendo-se muito contente por estar “em Lages”. O crítico Alex Viany foi outra das presenças notáveis em um festival em que a crítica ao regime autoritário do país se fazia sob a forma de alegorias familiares. O Predileto, Lição de Amor, O Casamento, O Casal e mesmo As Aventuras Amorosas de um Padeiro tinham suas narrativas centradas no rigor da família como instituição.

A piscina ainda era o ponto de convergência de astros e estrelas, mas o acampamento gaúcho atraía boa parte dos participantes do festival. Chimarrão e caipirinha se alternavam nas barracas armadas, onde nunca faltava um tira-gosto de carne. O Predileto foi o grande vencedor do festival e levou quatro Kikitos, tantos quando os dias que durou essa edição em que os curtas gaúchos premiados foram Um Século de Fé, de Clóvis Mezzomo e Antônio Oliveira, e As Colônias Italianas do Rio Grande do Sul, de Antônio Carlos Textor.

VOLTA

MELHOR FILME: O Predileto, de Roberto Palmari
MELHOR DIRETOR:
Eduardo EscorelLição de Amor
MELHOR ATOR:
Jofre SoaresO Predileto
MELHOR ATRIZ:
Lilian LemmertzLição de Amor
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