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1985
O festival de número 13 só não foi mais azarado porque havia na competição A Marvada Carne, de André Klotzel. A fábula caipira paulista levou nove Kikitos, entre eles os de filme, direção, atriz, roteiro, fotografia, música, cenografia, montagem e um prêmio especial para o veterano ator Dionísio Azevedo. O resto dos filmes em competição – Noite, de Gilberto Loureiro, A Estrela Nua, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins, Patriamada, de Tizuka Yamasaki, e Ela e os Homens, de Schubert Magalhães –, apenas preenchiam a programação dos cinco dias que durou o evento, no final de março. Era a crise do cinema brasileiro que já se anunciava, em meio ao período de transição política do país. A 8ª Carta de Gramado saudava a criação do Ministério da Cultura, e destacava a necessidade de um Grupo Executivo da Indústria Cinematográfica. Foi um ano em que houve uma forte participação de filmes gaúchos, que ainda concorriam em separado ao prêmio oferecido pela Assembléia Legislativa. As Cobras, de Otto Guerra, José Maia e Lancast Motta, Cone Sul, de João Guilherme Reis da Silva e Ênio Staub, Madame Cartô, de Nelson Nadotti, Colombina Forever, de David Quintans, Carrossel, de Antônio Carlos Textor, e Ano Novo, Vida Nova, de Alpheu Ney Godinho, eram as produções gaúchas em questão. Sem qualquer paternalismo, em 1986, os curtas gaúchos estariam habilitados a competir por uma vaga na seleção oficial. A atriz colombiana Amparo Grisales, hoje um dos grandes nomes do cinema e da tevê de seu país, apareceu no festival em que as estrelas da televisão brasileira eram as grandes vedetes. Norma Bengell, sem filme na inscrito na competição, Fernanda Torres, Carla Carmurati, Bete Mendes e até a escritora Lygia Fagundes Telles deram o ar da graça na cidade das hortênsias.
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