O Festival de Cinema de Berlim foi criado em 1950, mas a primeira edição só foi realizada em 1951, seis anos depois do final da Segunda Guerra Mundial, tornando-se um símbolo da "liberdade" da Alemanha Ocidental e recebendo atores e cineastas de 18 países.
Na década de 60, o Festival de Berlim já tinha se tornado um dos eventos mais importantes da vida cultural da Europa; Ingmar Bergman, Satyajit Ray, Michelangelo Antonioni, Roman Polanski e diretores franceses como Jean-Luc Godard, François Truffaut e Claude Chabrol tiveram projeção internacional depois de serem premiados com ursos de prata e de ouro (esculturas criadas pelo artista plástico Renée Sintenis, especialista em figuras de animais).
Em 1970, o Festival foi marcado por uma manifestação pública causada por um filme sobre o Vietnam. Quatro anos depois, um filme soviético foi aceito na mostra competitiva em Berlim e em 1.975 entrava na competição um representante da Alemanha Oriental, até então igonara pelo oeste.
O clima político havia mudado: acordos de amizade com a Alemanha Oriental estavam sendo assinados. Desde então, o Festival de Berlim tornou-se literalmente um festival de cinema internacional e, com a reunificação da Alemanha, Berlim ganhou o poder de representar as manifestações culturais de todas as partes do mundo, sem levar em conta suas ideologias políticas.
A primeira partipação brasileira neste festival ocorreu em 1954, com Sinhá Moça, dirigido por Tom Payne, que ganhou o Prêmio Especial do Senado de Berlim. Em 1978, o cinema nacional voltou a brilhar: A Queda, de Ruy Guerra, recebeu o Urso de Prata. Em 1997, o 47º Festival do Filme de Berlim premiou O Povo Contra Larry Flint (The People vs. Larry Flint), de Milos Forman, com o Urso de Ouro.
Na premiação de 98, o filme brasileiro Central do Brasil, de Walter Salles, emocionou os jurados e ganhou o Urso de Ouro. A atriz Fernanda Montenegro trouxe para o Brasil o Urso de Prata por sua atuação impecável no filme. Veja todos os ganhadores.