XXVI Jornada Internacional
de Cinema da Bahia
Confira os vencedores da Jornada em 99
Evento destaca integração luso-afro-brasileira
De 9 a 16 de setembro, Salvador é a sede da XXVI Jornada Internacional de Cinema da Bahia, que prossegue em sua tradição de estimular a produção independente em cinema e vídeo. Este ano, a competição traz 76 filmes e 120 vídeos da América Latina, Espanha, Portugal e África, que disputam os troféus Tatu de Ouro e de Prata, premiações dos júris oficiais e do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual. Entre os curtas inscritos, está o grande vencedor do 27º Festival de Gramado, E No Meio Passa um Trem, de Fernando Meirelles e Nando
Olival,
e destaques frequentes em outros festivais nacionais, como Amassa que Elas Gostam, a deliciosa animação em massinha de Fernando Coster, De Janela para o Cinema, de Quiá Rodrigues, vencedor do 7º Anima Mundi, e Cine Mambembe, o Cinema Descobre o Brasil, documentário em média metragem vencedor em Gramado, de Laís Bodansky e Paulo Bolognesi.
Os 500 anos do Brasil, os 450 anos de Salvador e a atividade audiovisual como veículo de crescimento humano compõem o mote da jornada em 1999, que irá destacar a integração afro-luso-brasileira com uma mostra de filmes e concurso afro-ibero-americano em filme e vídeo. O grande destaque será o Seminário Internacional dos 500 Anos Afro-Luso-Brasileiro, constituído por três debates com a participação de cineastas, pesquisadores, escritores e personalidades de vários países, como o embaixador de Angola Álvaro Pacheco, José Manoel Costa, da Universidade de Lisboa), Nelson Pereira dos Santos e Ruy Guerra, entre outros.
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Entre os visitantes internacionais do evento, está o cineasta Licínio Azevedo, gaúcho radicado há 23 anos em Moçambique que ganha uma retrospectiva de seus documentários sobre o país, e o argentino Fernando Birri, que lançará o longa El Signo del Viento, baseado na bíblia da exploração no continente sul-americano, As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano. Birri também irá lançar seu livro O Alquimista Democrático, em que reflete sobre cinema e política. Falecido em 98, o cineasta Denoy de Oliveira será celebrado com uma homenagem que inclui O Baiano Fantasma e A Grande Noitada, seu último filme, além de documentários raros.
O lançamento oficial da Jornada acontece no Museu
de Arte Moderna, na quinta-feira (9), às 19 horas,com a exibição do documentário Salvador em película: um século de memória, que reúne imagens raras da capital baiana entre as décadas de 20 e 70.
Dia 15, às 19 horas, acontece no Forte de São Diogo a premiação e a pré-estréia de Pedro Oliveira - O cego que viu o mar, de Rosemberg Cariry:
Confira os filmes em competição e os locais de exibição no site oficial da XXVI Jornada Internacional de Cinema da Bahia
Confira os resultados da Jornada em 1998