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Festival de Gramado 98

Festival teve abertura morna

A abertura do 26º Festival de Gramado – Cinema Latino e Brasileiro, na noite de sábado, teve tietes discretos, público modesto e quase nenhuma celebridade.

A comissão organizadora vendeu todos os 48 ingressos que colocou à venda (por de R$ 20 cada um), mas faltaram convidados para preencher os 1,1 mil assentos do Palácio dos Festivais.

Nelson Pereira dos Santos, o homenageado do ano, estava presente, mas o ator Paulo Betti, astro de um dos longas programados para a noite, não chegou a tempo.

A aparição de outras figuras, como Claudia Ohana, Du Moscovis e Herson Capri, ficou adiada para o meio da semana. O público gramadense postou-se de câmera fotográfica e bloquinho de autógrafos na entrada do cinema, mas não teve muito o que fazer.

Chocolate sobrando

Vendedores da loja de chocolates do outro lado da rua reclamavam que o movimento estava inferior ao do final de semana anterior, e apostavam suas fichas no sábado e no domingo que vem.

O administrador do Palácio dos Festivais, Odilon Cardoso, 56 anos, 32 deles no cinema, admitiu que a platéia, para uma noite de abertura, parecia menor do que a do ano passado. Na sessão de domingo de manhã, quando os filmes da noite são reprisados com entrada a R$ 5, ele contabilizou 80 pessoas.

Começo bacana

A grande noite, de tietes discretos, público modesto e poucas celebridades, não fez feio. Começou bacana, com um curta-metragem tecnicamente muito bonito, embora de roteiro capenga (a animação O Espantalho, de Alê Abreu), e um longa-metragem com bom roteiro, eficiente interpretação de atores e ótima montagem (o argentino Plaza de Almas, de Fernando Díaz).

Depois do intervalo, vieram mais um curta que explora a lengalenga do primeiro encontro amoroso (Sete, Sete e Pouco, de Paulo Weidebach) e um sonolento longa brasileiro-paraguaio (O Toque do Oboé, de Cláudio MacDowell). Quem não dormiu, saiu na metade. Entre os que resistiram até o final, houve quem aplaudisse.

Gafe maior foi a do texto de apresentação dos jurados. No microfone, o ator Marcos Breda enumerou os integrantes do júri, mas não mencionou o nome da atriz Araci Esteves, a Anahy de las Misiones do filme homônimo de Sérgio Silva. (Eduardo Veras - Agência RBS)


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