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56º Festival de Veneza

Cinema italiano revela fragilidade

Quando a comédia de Roberto Benigni "A Vida é Bela" arrebatou três Oscars e alcançou êxito de bilheteria em todo o mundo, o cinema italiano saboreou por antecipação o renascimento dessa indústria. Porém, o Festival de Veneza, que terminou no sábado (11), acabou com o sonho. Enquanto a China levava os prêmios e os filmes sobre sexo atraíram grandes platéias, a mostra deixou claras as debilidades do cinema italiano atual.

"Apesar do cinema italiano competir em nível nível internacional, sua qualidade é baixa"', disse á Reuters Alberto Barbera, novo diretor do festival. Barbera, que este ano reduziu drasticamente a apresentação de filmes locais a apenas onze filmes, afirmou que "os filmes italianos náo podem mais ter um tratamento especial".

Durante o pós-guerra, em sua época de glória, o cinema italiano trouxe à luz o talento de diretores da estatura de Federico Fellini, Roberto Rossellini e Luchino Visconti. Na década de 70, porém, o talento pareceu brilhar pela ausência, ou migrou para Hollywood, em busca do sonho americano. Em 1984, foram feitos apenas 30 filmes, contra 294 em 1968. Na década de 90, o cinema norte-americano captou cerca de 80% do mercado italiano. Mesmo com esse quadro desanimador, filmes como "A Vida É Bela", "O Carteiro e o Poeta", "Mediterrâneo" e "Cinema Paradiso" provam que existe talento suficiente para que o cinema italiano essurja.
(Merissa Marr, Reuters)

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