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Pantaleón y Las Visitadoras conquista o Festival
Cena do filme Pantaleón y las visitadoras (Divulgação)

Domingo, 06 de agosto de 2000, 01h44min
O longa-metragem do consagrado diretor Francisco Lombardi foi o grande vencedor da noite. Sete Kikitos demostraram que a produção peruana agradou tanto ao público quanto ao júri e à crítica.

Pantaleón conquistou os prêmios de Melhor Longa-Metragem, Melhor Diretor, Melhor Ator (Salvador del Solari), Melhor Montagem (Danielli Fillios) , Melhor Roteiro (Giovana Polarolo e Henrique Moncloa), além dos prêmios de Melhor Longa-Metragem segundo a Crítica e Melhor Longa-Metragem Latino segundo o Júri Popular.

O filme foi longamente aplaudido após a sua exibição na noite de terça-feira (01/08), e muito comentado não apenas pela sua qualidade, mas também pela presença da estonteante atriz Angie Cepeda, que arrebatou a platéia masculina e feminina com sua beleza exuberante.

Baseado na obra homônima de Mario Vargar Llosa, Pantaleón y Las Visitadoras conta a história de um militar de alta patente do exército peruano, Pantaleón Pantoja, que é designado para uma extravagante missão: implementar um serviço de "visitadoras" para atender ao demolidor apetite sexual dos soldados da selva peruana, responsáveis por uma onda de estupros. Pantaléon, militar de conduta irretocável, sem vícios e casado com uma linda mulher, dedica-se ao objetivo com determinação, e o serviço torna-se um grande sucesso. As prostitutas levadas de barco até os quartéis saciam o furor sexual dos soldados e o índice de estupros declina. Há, porém, complicações, e a principal delas é uma das prostitutas, a Colombiana, uma mulher de beleza extraordinária e personalidade misteriosa. Pantaleón acaba se envolvendo com o esquema de luxúria que criou, e um radialista corrupto resolve atacar o serviço das visitadoras e o exército em busca de alguma propina.

O filme é especialmente talentoso em alternar momentos de bom-humor, ironia e comoção. Lombardi trata seus personagens com dignidade, evitando julgá-los ou encaixá-los em estereótipos. A crítica ao exército surge naturalmente das contradições expressas na história e nos personagens, sem nunca ser panfletária. O resultado é um filme inteligente e divertido.

Daniel Galera, direto de Gramado

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