Os curtas-metragens em competição salvaram a noite de abertura do 29 Festival de Gramado, na segunda-feira, deixando o principal filme do dia, Yoyes, um drama da diretora espanhola Helena Taberna, em segundo plano. A Canga, curta do pernambucano Marcus Vilar, é um duro retrato das relações humanas no agreste nordestino em que Ascenço Ferreira, o personagem do filme, obriga a família a colocar nos ombros uma pesada canga de boi.
A comédia Negócio Fechado, de Rodrigo Costa, foi bastante aplaudida, colocando em cena duas realidades bastante distintas, a calma vida no campo e a agitação tipicamente urbana, tendo como contraponto um caipira, que vive a enrolar um cigarro de palha, e um jovem que acaba de adquirir terras na região.
O primeiro longa da noite, o espanhol Yoyes, mergulha na temática política, contando a história de uma jovem líder do grupo terrorista basco ETA que, ao desertar da organização após sete anos de militância, tenta reconstruir a vida. Para a diretora foi difícil superar o tom de dramalhão que imprimiu a seu filme.
O último filme da noite, o drama Duas Vezes com Helena, de Mauro Farias, aborda um curioso triângulo amoroso formado pelo professor Alberto, sua bela esposa Helena e o jovem Polydoro.
Esse é um bom filme dividido em duas narrativas diferentes, uma contada por Polydoro e outra, a mais saborosa, relatada por Helena. Um dos destaques é o galã Fábio Assunção, muito assediado em Gramado.
Assunção aproveitou o evento para anunciar um novo projeto, São Francisco, de Marcos Vinícius Cézar, no qual será Henrique, um fotógrafo que faz uma viagem pelos Estados banhados pelo rio São Francisco.
O ator também está no elenco de Bellini e a Esfinge, de Roberto Santutti, que deverá estrear no primeiro semestre do próximo ano. Ele anunciou seu retorno para a televisão com a novela Um Lugar ao Sol, de Maria Adelaide Amaral, no horário das 18 horas.
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