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Xuxa reúne axé e pagode em "Popstar"
Popstar é, na definição dos produtores Marlene Mattos e Diler Trindade, um filme-evento. O conceito foi a desculpa que a dupla precisava para pontuar a trama protagonizada por Xuxa com apresentações de grupos de pagode, axé e pop. "Já que está aqui, então canta!", diz Xuxa, que nem sempre encontra uma justificativa para dividir a cena com tantos conjuntos musicais, geralmente habitués de seu programa de TV.
A iniciativa partiu de Marlene Mattos, empresária de Xuxa e produtora associada de Popstar, longa-metragem que desembarca amanhã em 300 cinemas do País embalado por agressiva campanha de marketing - estimada em R$ 1 milhão. "Em alguns casos foi possível costurar a aparição musical na trama. Mas muitas participações foram decorrentes de convite feito por Marlene já no meio das filmagens", conta a roteirista Vivian Perl.
Diler Andrade define as inserções de números musicais (em filme que não é musical) como um "casamento estratégico" entre indústria cinematográfica e fonográfica. "Nós precisamos repetir a façanha do setor musical, que detém 80% do mercado, contra 20% dos artistas estrangeiros. No cinema, nossa produção ainda não responde por 10%."
O filme pretende ser uma história de amor nascida na internet entre modelo recém-chegada da Europa, Nicky Yoner (Xuxa), e um especialista em computadores (Luigi Baricelli, galã de "Laços de Família"). A música-tema, Popstar, é interpretada por Maurício Manieri. A seguir alguns exemplos das soluções que o roteiro encontra para botar em cena os grupos musicais.
É o Tchan
As dançarinas do grupo entram na história com a desculpa de buscar assessoria na agência de modelos e eventos em que Nicky trabalha, a Popstar. Depois da sessão de beijinhos, dizem que querem mudar o visual. Segundos depois já estão rebolando pela agência, colocando todo mundo para dançar.
Leonardo
O cantor interpreta o dono de uma gravadora. Ele "casualmente" está cantando quando Nicky chega à empresa para lhe pedir ajuda. Depois de executar o seu número, trocando olhares apaixonados com a loira, ele solta um "olha só quem está aqui!", tentando parecer surpreso.
KLB
O trio de irmãos canta quando Nicky chega ao local do desfile que ela organiza. Segundo Vivian Perl, que escreveu a história em parceria com Elizeu Ewald, o número musical serve para "ilustrar um momento de introspecção" da protagonista.
SNZ
As três filhas de Baby do Brasil e Pepeu Gomes simplesmente interrompem a narrativa e desembestam a cantar na agência "Popstar". Vivian Perl conta que Marlene Mattos colocou o número musical no filme após realizar pesquisa sobre os grupos mais populares.
Harmonia do Samba
O grupo se apresenta na praia, por onde perambulam as assistentes de JP (Marcos Frota), inimigo de Nicky. Vividas por Andréa Leal e Renata Pitanga, as assistentes dançam ao som de "O Rodo", enquanto JP tenta localizá-las pelo celular.
Os Travessos
Eles são inseridos na trama como os vizinhos de Nicky. Batem à porta, trocam algumas palavras e já caem no pagode - depois que Nicky dá a deixa, "já que vocês entraram, podem cantar!".
As Meninas
Elas cantam nos bastidores do desfile infantil da grife Bicho Comeu, que a "Popstar" promove. Chegam do nada e colocam a criançada para rebolar ao som de "Xibom Bom Bom", música que lançou o grupo.
Débora Blanco
Após ser descoberta por Nicky, é recrutada para teste, em que interpreta "Seamisai", do novo disco. Ela é a única com um motivo para cantar. Se bem que, já que o longa-metragem não é musical, ela não precisaria cantar a música inteira.(Agência Estado)
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