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Intrigas políticas e cortesãs em suntuosos palácios de época e retrato de um chefe como verdadeiro artista e homem de honra: Vatel, de Roland Joffé, que inaugurou esta quarta-feira o Festival de Cannes, é ao mesmo tempo o perfil de um personagem extraordinário e uma pintura da aristocracia nos tempos do Rei Sol. Joffé optou por fazer dele um verdadeiro artista que busca a harmonia e a beleza. Vatel organiza banquetes faustosos em sofisticados cenários. O filme nos narra esses três dias de trabalhos febris para satisfazer o rei e sua corte, as intrigas e baixezas dos grandes do reino, mas também a vida dos serventes, que aqueles depreciam, o amor entre Vatel e Anne de Montausier. E finalmente o suicídio, após comprovar que não tinha chegado o peixe fresco previsto para o jantar. Gérard Depardieu encarna Vatel, rodeado de Tim Roth (o marquês de Lauzun), Uma Thurman (Anne de Montausier), Julian Sands (Luis XIV), Julian Glover (o príncipe de Condé). O diretor Roland Joffé reconheceu que a decisão de rodar o filme em inglês foi tomada por motivos financeiros e destacou que não quiz fazer uma reconstituição histórica fiel. "Nossa posição é a de artistas e nos cabe reatualizar a história. O que fascina na história da corte é a crueldade, e no homem a dualidade compaixão-crueldade. Havia todos esses elementos na corte" da época, acrescentou.
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