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Ele chegou este ano à Cannes com um filme que tem ao mesmo tempo elementos subversivos e o improvável encontro entre Bjork e Catherine Deneuve. "Dancer in the Dark", o novo filme de Lars Von Trier, exibido na manhã de quarta-feira, foi fortemente aplaudido, mesmo tendo recebido algumas vaias. Depois, contrariando seus hábitos, o cineasta compareceu à entrevista para a imprensa, pela primeira vez falando sobre um filme seu em Cannes, e, surpreendentemente, acabou ovacionado pelos jornalistas. A história de "Dancer in the Dark" se passa nos Estados Unidos dos anos 60. Bjork faz Selma, uma operária de origem tcheca que pouco a pouco se torna cega. Com sua colega Kathy (Deneuve), ela abandona a fábrica para fazer um espetáculo musical. Selma economiza para pagar uma cirurgia para seu filho, uma vez que a enfermidade é hereditária. Depois de um incidente com um vizinho policial que lhe rouba todo o dinheiro, ela é presa e condenada à morte. O diretor pede à imprensa, em material distribuído antes da projeção, que não revele o final do filme. Ele usa as mesmas técnicas de seus outros filmes, de resto bem conhecidas: vídeo misturado à película, câmera na mão, elementos dos cineastas do Dogma 95. De novo, há as cenas de Selma sonhando com os musicais, onde o diretor explora as cores vivas em cenas cheias de dança e música - algo incomum em seus filmes.
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