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Cannes: Uma premiação aprovada pela crítica e aplaudida pelo público



"Palma à criação", "A Palma à audácia", "A star é Björk": as manchetes da imprensa francesa saudaram esta segunda-feira a decisão do júri do 53º Festival Internacional de Filme de Cannes, contrariamente ao ano passado, quando a premiação do Festival provocou uma catarata de protestos.

O júri consagrou o cineasta dinamarquês Lars Von Trier e sua intérprete e compositora, a cantora islandesa Björk, respectivamente Palma de Ouro e Prêmio de Melhor Atriz, por "Dancer in the dark", musical que mescla o ritmo da comédia com a força da tragédia.

"A escolha do júri coincidiu com a dos críticos e a do público, ao contrário do que ocorreu ano passado, quando o outsider "Rosetta" foi preferido a "Tudo sobre minha mãe" de Almodóvar, votado pelo público e pela imprensa", assinalou o jornal Libération (esquerda).

O jornal lamenta porém a ausência total na premiação do cinema francês, embora estivesse representado no Festival por quatro filmes que -notou - "não mereciam ser esquecidos".

"A palma à audácia" é manchete por sua vez do conservador Le Figaro, assinalando que esta 53ª edição do Festival foi "de uma qualidade excepcional" e nela "a arte, a reflexão e a emoção ocuparam o primeiro lugar".

Da mesma maneira, o jornal L'Humanité (comunista) colocou na manchete "Palma à criação", estimando também excepcional a seleção deste ano. "Rara vez, para não dizer nunca, se viu tão poucas concessões a imperativos do mercado que teriam sido contrários à necessidade interna da obra", escreveu o jornal.

Sob a manchete "A star is Björk", o jornal popular FranceSoir lembra também a insatisfação do ano passado, e escreveu que o júri conseguiu "reconciliar Cannes com o grande público".

Finalmente, o jornal regional Nice-matin destaca que esta premiação obteve quase unanimidade e estima que o filme de von Trier "é uma obra-prima visionária ao mesmo tempo que um sublime melodrama".

Em geral, a imprensa saúda também o reconhecimento ao cinema asiático e ao iraniano, os outros grandes vencedores Festival este ano e salienta a ausência do cinema francês.

O cinema chinês recebeu três prêmios: o Grande Prêmio para "Guizi Lai Le" do chinês Jiang Wen, o de melhor direção para o taiwanês Edward Yang por "Yi Yi", o de melhor ator para Tony Leung Chiu-Wai por seu desempenho em "In the mood for love" de Wong Kar Wai (Hong Kong).

Quanto ao cinema iraniano, obteve o Prêmio do Júri pelo belo e poético filme "O quadro-negro" de Samira Makhmalbaf e o Prêmio Câmara de Ouro, dado conjuntamente a Bahman Ghobadi e Hassan Yektapanah, por respectivamente "Um tempo para a embriaguez dos cavalos" e "Djomeh". (AFP)

 

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