Busca

Pressione "Enter"

Cobertura completa Sites de cinema Grupos de discussão Colunistas Os melhores filmes Notas dos filmes Todos os filmes Roteiro de cinema O que está passando no Brasil



Número de participantes brasileiros no Anima Mundi supera expectativas


"Podrera e Ovni",
cães niilistas criados por
Arnaldo Galvão

Os organizadores do Anima Mundi estão rindo à toa este ano. Pela primeira vez na história do festival, o número de participantes brasileiros superou o de estrangeiros. Uma das razões que explicam esse crescimento é a própria existência do festival, que desde a primeira edição abriu as portas para diretores e produtores nacionais. "A descoberta da animação brasileira é certamente o fato mais importante deste Anima Mundi", festeja o diretor do festival, César Coelho. "É uma resposta ao que temos proposto desde a primeira edição: a valorização da produção nacional."

Entre os nomes que vêm ganhando destaque no cenário da animação brasileira está o diretor Arnaldo Galvão, da produtora Terracota, que participa do Anima Mundi com nada menos que quatro filmes, entre eles Alma em Chamas, computação gráfica com roteiro de Flávio de Souza e que narra a tórrida história de amor entre um bombeiro e uma dançarina (com a voz da atriz Marisa Orth) e que concorre na mostra oficial; Podrera & Ovni, curta estrelado por dois esquisitos cachorros niilistas e mal-educados; e Dr. Galvão - Como Usar o Computador?, protagonizado por um mestre de auto-ajuda estilo Lair Ribeiro.

Para Galvão, a crescente evolução da animação no Brasil decorre principalmente da facilidade de acesso às ferramentas necessárias para elaborar essa linguagem. "É um gênero que pode ser consumido de várias formas, seja na TV, no cinema ou na Internet", analisa o diretor de animação. "O Anima Mundi acabou tendo uma papel importante nessa evolução, já que o contato com produções de outros países motiva quem está aqui a trabalhar da mesma forma; antes você tinha de sair do País para assistir a filmes estrangeiros."

Outro integrante da legião brasileira de animadores é o mineiro Guilherme Lopes, de Uberlândia. Ele participa da Mostra Brasil com Animars, curta de 4 minutos (feito com Waltuir Alves numa produtora de "fundo de quintal", segundo Lopes) que conta a história de um garoto marciano que se muda e passa por aventuras para tornar-se popular. "Sempre existiu gente com talento no País, mas só começaram a aparecer agora graças às facilidades de acesso a bons equipamentos", afirma Lopes. "E nesse ramo, o que conta é o talento e não a formação acadêmica."

A principal vitrine da novíssima produção nacional no Anima será a Mostra Brasil, integrada por 35 filmes. A quantidade impressiona mais do que a qualidade, mas é inegável que, com o surgimento de um mercado para absorver essa produção, a tendência é que, aos poucos, o grau de refinamento dos filmes equipare-se ao que está sendo feito lá fora.

A aproximação qualitativa da produção brasileira da estrangeira deve-se muito também ao desenvolvimento da computação gráfica por aqui. Aliás, há dois representantes nacionais na mostra desse segmento: 253-b, de Carlos Eduardo da Silva, e A Lei da Selva, de Rodrigo Zazá Borges.

Um dos precursores da animação brasileira, Otto Guerra, com mais de 20 anos de estrada, é um dos convidados do Papo Animado deste ano. Haverá ainda uma sessão com filmes do diretor: Novela (1992),O Arraial (1997), Rocky e Hudson- A Pistola Automática (1994) e Treiler - A Última Tentativa (1986).

Leia mais:
» Anima Mundi chega a São Paulo na próxima semana
» Atividades paralelas são destaque no Anima Mundi
» Festival é laboratório de futuros sucessos na TV
(Agência Estado)

 

Copyright © 1996-2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.