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Marlene Sabóia da Silva deveria ter vindo a São Paulo nesta semana, mas um problema de saúde impediu que saísse de Quixelô, no interior do Ceará. É de lá que ela fala com a reportagem pelo telefone comunitário. Marlene tornou-se conhecida no Brasil inteiro depois que o "Fantástico", da Globo, mostrou um quadro com ela e seus três maridos, em agosto de 1995. O diretor Andrucha Waddington viu o programa, achou que daria um bom filme e fez Eu Tu Eles. Na passagem da vida real para a tela Marlene mudou de nome e virou "Darlene'. Ela diz que é a única mudança. Tudo o que aparece no filme é verdadeiro. Se não for, Marlene assumiu a ficção. Diz que 'Andrucho' (recusa-se a chamá-lo de Andrucha) "é um bom moço". Assinaram um contrato de cessão dos direitos da história dela. Marlene vai receber 3% da bilheteria. Mal espera a hora de ver o dinheiro entrar. Por enquanto, recebe presentes de 'Andrucho' - refrigerador, televisão, parabólica. Diz que nunca teve problemas, nem com o padre da cidade, por viver sob o mesmo teto com o marido e os amantes. "Sou dona da minha vida, não devo nada a ninguém." O terceiro marido, interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos, foi embora. Era ótimo, mas deu de beber, de maltratar os filhos. Isso Marlene não aceitou. "Deu cavaco", explica. Sobraram os outros dois, a quem ela chama de "meus velhos". Cuida deles e dos muitos filhos. Aos 54 anos, ainda adora um forró, mas depois que o companheiro foi embora o sexo perdeu a graça. Ela lamenta, e como! "Ele é alegre, com ele eu ia estar correndo o mundo com o filme; ia me divertir muito mais."
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