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Espanhol Javier Bardem é favorito por seu papel de homossexual cubano em Veneza



O ator espanhol Javier Bardem, que interpreta o escritor homossexual cubano Reinaldo Arenas no filme Before night falls (Antes que anoiteça), e até então considerado o símbolo do "macho latino" por seus filmes com Pedro Almodovar e Bigas Luna, é o grande favorito ao Leão de Ouro por sua atuação como "gay" e "mártir" da revolução cubana.

A interpretação do ator de 31 anos, que parece seguir os passos do sucesso de Antonio Banderas, o ator latino mais querido de Hollywood, foi elogiada pela imprensa italiana que, em compensação, não poupou críticas ao filme do pintor e escultor nova-iorquino Julian Schnabel.

Bardem, que além de escritor maldito perseguido por homossexualidade na Cuba comunista pode ser visto como a guerrilheiro revolucionário no primeiro filme de John Malkovich, The dancer upstairs, sobre Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso, foi aplaudido pelo jornal La Repubblica por sua "simpatia e vigor físico".

O jornal italiano, que está entre os de maior circulação no país, criticou, no entanto, o filme por sua "qualidade formal", por considerá-lo inferior à obra precedente de Schnabel, segundo a crítica cinematográfica Irene Bignardi.

Por seu lado, o crítico Roberto Pugliese, do principal jornal local, Il Gazzettino de Venecia, considerou que "elogio à liberdade individual, em um filme "caliente, resulta hipertrófica, provocando mais irritação do que adesão".

O provocativo beijo na boca entre o ator e o diretor - os dois reiteraram que não são homossexuais e que vivem felizes com suas atuais companheiras -, imortilizado pelos fotógrafos, despertou, em compensação, consenso entre as associações de homossexuais.

Franco Grillini, presidente da Arci-Gay, uma das organizações de esquerda que programou, em julho passado, a Marcha do Orgulho Gay, fortemente criticada pelo Vaticano, convidou "todos que consideram Fidel Castro um herói revolucionário a ver o filme".

Por sua parte, Schnabel repete que não quer dar "aulas de política" com seu filme. "Para evitar ser instrumentalizado, jamais cito a carta de Arenas, na qual ele responsabilizaba Fidel Castro de sua morte". (AFP)

 

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