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A grande novidade da 24.ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo não estará diante dos olhos do espectador, mas por trás de suas cabeças. É a primeira vez que o Barco, um projetor digital desenvolviddo pela Texas Instruments e avaliado em US$ 400 mil, vem à América Latina para a exibição de longas-metragens feitos em tecnologia digital. A data deve entrar para a história do cinema no Brasil, já que o sistema é a grande polêmica do momento em todo o mundo. Ele será instalado na sala UOL. A médio prazo, o cinema digital, também conhecido como numérico, deverá aposentar as películas de 35 milímetros, atualmente usadas nas filmagens e projeções. “Com a vinda desse projetor, a Mostra cumpre seu papel de trazer para o Brasil o que está em discussão no universo do cinema”, afirma Leon Cakoff, um dos organizadores do evento. A principal vantagem da digitalização de imagens está na redução dos custos em todas as etapas da produção, como filmagem, montagem, edição, efeitos especiais, distribuição e projeção. Em termos de efeitos especiais, então, as possibilidades são infinitas, pois permite jogar as imagens diretamente no computador, que pode retrabalhá-las, acrescentaornará o cinema mais intimista, aproximando-se do trabalho de um escritor, que cria sozinho, diante do computador. “Mas a vantagem financeira é indiscutível, tanto que Empédocle está orçado em R$ 650 mil, menos da metade do que é gasto em um filme rodado em película.” O sistema Digital Light Processing (DLP), desenvolvido pela Texas, usa um sistema de micro-espelhos que formam a imagem em grãos (minúsculos pontos), tal como as películas, e não nos pixels das imagens digitais comuns. Além disso, o Barco usa a mesma luz xenon dos projetores de película (e igual sistema de som dolby). Mas só olhos experimentados percebem as diferenças nas projeções.
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