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Filmes da mostra podem entrar em cartaz
Pelo menos um terço dos filmes exibidos durante a 24ª Mostra podem entrar em circuito

Cena de Amor à Flor da Pele

Sem datas previstas para estréia, pelo menos um terço dos filmes que estiveram na 24.ª Mostra Internacional de São Paulo podem entrar em circuito no país, conforme divulgou nessa quinta-feira a assessoria de imprensa do evento. É um cálculo estimado, baseado nos contatos que ainda estão em andamento entre realizadores e distribuidores. Caso essa estimativa se cumpra, será certamente um recorde de filmes alternativos negociados numa Mostra Internacional.

Já haviam filmes acertados para distribuição antes mesmo da Mostra começar. A megaprodução digital Dançando no Escuro, de Lars Von Trier, é o melhor exemplo. O filme que encerra hoje as atividades oficiais da mostra já havia sido anunciado pela Imovision, a distribuidora. Também estão nessa lista Alta Fidelidade, de Stephen Frears; E Aí Meu Irmão, Cadê Você?, de Joel Coen e as novas cópias de Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock, todos já em cartaz.

Outros filmes que estão acertados para circuito (ainda em novembro) são Shaft, de John Singleton, que conta com Samuel L. Jackson no elenco; a animação Fuga das Galinhas, de Peter Lord e Nick Park; Leste-Oeste, o Amor no Exílio, de Régis Wargnier; Tolerância, do gaúcho Carlos Gerbase, com Maitê Proença; e Amor à Flor da Pele, do chinês Wong Kar-Wai. Entre dezembro e janeiro, outros cinco filmes devem estrear: A Enfermeira Betty, de Neil Labute; o provocador Baise-Moi, da dupla francesa Coralie e Virginie Despentes; o penúltimo de Woody Allen, Poucas e Boas; Luna Papa do diretor do Tadjiquistão Bakhtiar Khudojnazarov; e Billy Elliot, de Stephen Daldry.

Sem data definida, estão acertadas as compras dos seguintes filmes: O Rei Está Vivo, do "dogmático" Lars Von Trier; Palavra e Utopia do mestre português Manuel de Oliveira; Uma Relação Pornográfica, de Frédéric Fonteyne; A Deusa de 1967, de Clara Law; a sátira televisiva Fama Para Todos!, do belga Dominique Deruddere; os iranianos Djomeh, de Hassan Yektapanah, O Quadro Negro, de Samira Makhmalbaf, e O Círculo, de Jafar Panahi; Amor Proibido de Im Kwon-Taek; a comédia alemã 3 Chineses e Um Contrabaixo, de Klaus Kraemer; os portugueses Capitães de Abril, de Maria de Medeiros e O Fantasma, de João Pedro Rodrigues; As Bodas, de Pavel Lounguine e Fast Food, Fast Women, de Jean-Marc Fabre.

Também estão cotados Feliz Acidente do americano Brian Anderson; os documentários O Jantar, de Ettore Scola e O Lixo e a Fúria, de Julien Temple; A Viúva de Saint Pièrre, de Patrice Leconte; O Estranho, de Steven Soderbergh; a vanguarda digital Time Code, de Mike Figgis; o belíssimo Antes do Anoitecer, de Julian Schnabel; Coisas que Você Pode Dizer Apenas Olhando Para Ela, do filho de García Marquez, Rodrigo García; do taiwanês Ang Lee Cavalgada Com o Diabo; a produção internacional Princesa, do brasileiro Henrique Goldman; Vatel, com Uma Thurman no elenco, de Rolan Joffé.

Os filmes brasileiros que devem estrear até 2001, além de Tolerância, são Nasci Mulher Negra, de Maria Luiza Mendonça e Vicente Franco, com co-produção americana; Brava Gente Brasileira, de Lucia Murat; Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanski; Deus Jr., de Mauro Lima; O Sonho de Rose - 10 Anos Depois, de Tetê Moraes, 2000 Nordestes, de David França Mendes e Vincente Amorim e De Cara Limpa, a produção digital de Sérgio Daniel Lerrer. As vinhetas Angelitos, do português Humberto Santana sobre as tiras do cartunista brasileiro Angeli, devem ser exibidas até o ano que vem durante os comerciais da TV Cultura.

Outros filmes, pela importância ou boa repercussão durante a mostra, têm chance de entrar nessa lista. São eles Amor Vitu@l, de Gordon Ericksen; Amores Perros, de Alejandro Gonzales Iñarritu; Adanggaman, de Roger Gnoan M´Bala; A Lavada Final, de Robert Tucker; Código Desconhecido, de Michael Haneke; Erva, de Ron Mann; Gigantic, de Sebastian Schipper; Lista de Espera, de Juan Carlos Tabio; O Grande Animal, de Jerzy Stuhr; Paul Está Morto, de Hendrick Handloegten; e Tempo de Embebedar Cavalos, de Bahman Ghobadi. (Agência Estado)

 

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