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O padre Marcelo Rossi é acusado de marketeiro no documentário O Chamado de Deus, exibido anteontem à noite no 33º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Dirigido por José Joffily, o filme traz depoimentos de jovens com vocação religiosa, colocando representantes da Ordem dos Franciscanos em oposição aos da Renovação Carismática. Embora tenha dado autorização para o uso de sua imagem, Rossi não sabia que faria parte de um longa. "Nós nos apresentamos como Canal Brasil e falamos que o material renderia um produto audiovisual", conta Joffily, que inicialmente pensava em fazer um documentário para TV. Ao longo do filme, muito aplaudido pela platéia do Cine Brasília, Rossi comenta o sucesso que vem obtendo com os fiéis, sendo exibidas imagens de missas. É nesse momento em que José Mário, da Ordem dos Franciscanos, acusa Rossi de marketeiro. "A embalagem dá a impressão de ser algo novo, mas é um retrocesso. Como documentarista fui obrigado a abrir espaço a idéias divergentes. Acho que elas humanizam a Igreja", diz o diretor, que escalou quatro representantes da Renovação Carismática para defender Rossi. A forma como Joffily realizou o confronto foi habilidosa. Ele mostrou o que um grupo disse sobre o outro colocando uma TV no cenário e registrando a reação dos que sofreram os ataques. "Como você pode dizer que tudo não passa de marketing? Ele reúne pessoas de todas as idades para rezar e louvar a Deus", rebateu um dos seguidores de Rossi. Ontem, o filme Bicho de 7 Cabeças, da cineasta Laís Bodanzky, arrematou o prêmio da crítica no festival.
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