Começa em Havana a febre anual do cinema
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Havana vive a partir desta terça-feira e por 11 dias consecutivos sua febre anual de cinema, na qual os olhos não conseguem ver tudo o que passa nas telas e a vida se vive ao ritmo dos filmes. O 22º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano toma conta da capital cubana, influenciando todos os moradores. Uma cultura cinematográfica reprimida pela crise se desata. Há quase dez anos as estréias são escassas em comparação com tempos anteriores e as sessões são limitadas, para poupar energia. O festival, então, é uma oportunidade única de ver o última produção na América Latina, ou de outras partes como Europa e Estados Unidos. O encanto do festival não está no glamour, mas nos milhares de espectadores que a cada ano abarrotam os cinemas e fazem longas filas. Antes de começar o encontro, já tinham sido vendidas mais de 110.000 entradas, segundo os organizadores. Além da competição de longas, médias e curtas de cinema e vídeo, documentários, desenhos e cartazes, os quais totalizan 300 obras este ano, o festival é também uma oportunidade de ver filmes antigos. Este ano haverá retrospectivas que incluem obras de Leonardo Favio (Argentina), Robert Bresson (França), assim como 22 clássicos do cinema latino-americano. Filmes da China, Dinamarca, Japão, França, Suécia, Taiwan, entre outros, estão incluídos no Panorama do Cinema Contemporâneo Internacional. Os conhecidos músicos Chucho Valdés e Chano Domínguez darão um esperado show de jazz e sexta-feira será inaugurada uma estátua de John Lennon em um parque de Havana, ato no qual o trovador Silvio Rodríguez cantará "Love", uma canção composta pelo ex-Beatle.