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Reconhecido como mestre por documentaristas como João Moreira Salles e Ricardo Dias, o cineasta norte-americano Frederick Wiseman vem pela primeira vez ao Brasil, a convite do É TUDO VERDADE – 6º FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS, que a ele dedica sua retrospectiva deste ano. Wiseman é considerado o mais importante documentarista norte-americano e já foi homenageado com 29 retrospectivas, realizadas em 14 diferentes países. Vencedor de vários prêmios Emmy e constantemente convidado para os principais festivais internacionais, o cineasta mereceu diversos prêmios por sua carreira, como o Prêmio Gold Hugo do Festival de Chicago e o Career Achievement da Associação Internacional de Documentários. Dirigido pelo crítico Amir Labaki, o É TUDO VERDADE – 6º FESTIVAL INTERNACIONAL DE DOCUMENTÁRIOS é considerado o mais importante evento latino-americano dedicado ao gênero documental. Sua edição 2001 está prevista para o período entre 29 de março e 8 de abril, ocorrendo simultaneamente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Serão exibidos na Retrospectiva Internacional do festival oito dos principais trabalhos de Wiseman. Entre eles, seu filme de estréia Titicut Follies, de 1967, e Belfast, Maine (1999), sua última produção. São apresentados ainda High School (1968), Juvenile Court (1973), Welfare (1975), Model (1977), Law and Order (1969) e Hospital (1969) – os dois últimos vencedores do Prêmio Emmy. Dono de uma trajetória única no documentário norte-americano, Frederick Wiseman tem sido muitas vezes definido como "o melhor e mais corajoso observador do lado sinistro da sociedade contemporânea". Formado em Direito na Universidade de Yale, começa sua carreira cinematográfica produzindo The Cool World, de Shirley Clarke, em 1963, um olhar semi-documental sobre a delinqüência juvenil no bairro nova-iorquino do Harlem. Sua primeira direção, Titicut Follies – rodado em um hospital psiquiátrico para criminosos – começa a estabelecer sua reputação polêmica. O filme foi banido nos Estados Unidos de 1967 a 1992. Nos últimos 33 anos, Wiseman construiu uma vasta obra dedicada principalmente a explorar as grandes instituições americanas, retratando escolas, hospitais, departamentos de polícia, academias militares, mosteiros, cortes de Justiça, centros de pesquisa científica e o sistema de seguridade social, e sempre expondo, no mais puro estilo do cinema verité, os efeitos desumanos da burocracia. Sua abordagem revela a faceta mais aterradora de uma sociedade presumivelmente igualitária e democrática. Em alguns casos, Wiseman aponta sua câmera para realidades mais circunscritas – o mundo fashion, uma estação de esqui, um parque público, uma companhia de teatro ou um pequeno vilarejo de pescadores. Sem deixar, no entanto, de retratá-los como microcosmos da experiência do homem ocidental. Maiores informações no site www.zipporah.com.
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