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A Corrente do Bem tem dois grandes trunfos. Um, é o elenco "oscarizado": Kevin Spacey (melhor ator por Beleza Americana), Helen Hunt (Oscar por Melhor Impossível) e o garotinho Haley Joel Osment (indicado ao prêmio pela atuação em O Sexto Sentido). O outro - e talvez mais importante - é forte o apelo emocional, sob a mensagem de "você pode salvar o mundo". Eugene Simonet (Spacey) é um professor de Estudos Sociais que em todo início de ano letivo propõe um desafio às classes: observar o mundo à sua volta e concertar aquilo que não gosta. Ele nunca achou que algum de seus alunos pudesse levar à sério, até ouvir a idéia de Trevor (Osment, que aos 12 anos dá um banho de interpretação). O garoto propõe uma espécie de corrente da caridade: cada um faz um favor a três pessoas e cada uma dessas três faz caridade a mais três, e assim por diante. Trevor resolve colocar seu projeto em prática, a começar por sua mãe, Arlene (Helen), alcoólatra que mantém dois empregos para sustentar o filho. O que o menino não esperava é que a corrente fosse chegar tão longe, a ponto de um repórter seguir o rastro da corrente até encontrar Trevor. Com objetivo evidente de arrancar lágrimas, A Corrente do Bem chega ao Brasil dia 23 - e com mais uma carta por baixo da manga: cerca de 4% da bilheteria adquirida será revertido às instituições Gol de Letra (de Raí), Ayrton Senna (Viviane Senna) e Doutores da Alegria. Ponto para a Warner, que encontrou uma boa estratégia de marketing. E ponto, é claro, para quem pegar seu lencinho e correr para o cinema mais próximo. Quem sabe a tal corrente pega - e outras empresas cinematográficas resolvem aderir? Veja também:
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